ATA DA QÜINQUAGÉSIMA SESSÃO SOLENE DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA TERCEIRA LEGISLATURA, EM 22-11-2001.

 


Aos vinte e dois dias do mês de novembro do ano dois mil e um, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às dezessete horas e dezoito minutos, constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos da presente Sessão, destinada a homenagear os cem anos da Associação Cristã de Moços de Porto Alegre - ACM, nos termos do Requerimento nº 016/01 (Processo nº 0396/01), de autoria do Vereador João Bosco Vaz. Compuseram a MESA: o Vereador Fernando Záchia, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; o Senhor Leopoldo Moacir Lima, Presidente da Associação Cristã de Moços de Porto Alegre; o Senhor Renato Guimarães, Presidente da Fundação de Assistência Social e Cidadania - FASC e representante do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre; o Senhor Mário Jarros, Presidente de Honra da Associação Cristã de Moços de Porto Alegre; o Senhor Maurício Vandorsee, Secretário-Geral da Associação Cristã de Moços de Porto Alegre; o Vereador João Bosco Vaz, na ocasião, Secretário “ad hoc”. A seguir, o Senhor Presidente convidou a todos para, em pé, ouvirem a execução do Hino Nacional e, após, concedeu a palavra aos Vereadores que falariam em nome da Casa. O Vereador João Bosco Vaz, em nome das Bancadas do PMDB e PHS, registrou o transcurso do centésimo aniversário da Associação Cristã de Moços - ACM - em Porto Alegre. Também, discorreu sobre as atividades educativas, esportivas e assistenciais prestadas pela entidade, salientando o papel do programa de voluntariado junto às comunidades carentes. O Vereador Adeli Sell, em nome das Bancadas do PT e PC do B, parabenizou o trabalho realizado pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre - ACM, através do trabalho de seus voluntários no atendimento às crianças e às comunidades carentes, congratulando a Associação pelo seu centenário de existência na Capital do Rio Grande do Sul. O Vereador João Antonio Dib, em nome da Bancada do PPB, saudou a Associação Cristã de Moços Porto Alegre - ACM pela passagem de seu centésimo aniversário, tecendo considerações sobre a fundação e o desenvolvimento dessa instituição. Também, salientou o papel dessa entidade no sentido de promover o desenvolvimento espiritual e solidário de seus associados. O Vereador Carlos Alberto Garcia, em nome da Bancada do PSB, parabenizou a Associação Cristã de Moços de Porto Alegre - ACM pelo transcurso de seus cem anos de fundação, discorrendo sobre a importância das atividades esportivas, recreativas e educacionais promovidas por essa Associação, destacando a equipe de ginástica da ACM como um modelo de profissionalismo a ser seguido por outras entidades esportivas. A seguir, o Vereador Fernando Záchia convidou o Vereador Carlos Alberto Garcia a assumir a presidência dos trabalhos e, após, foi dada continuidade às manifestações dos Senhores Vereadores. O Vereador José Fortunati, em nome da Bancada do PDT, destacou os projetos sociais e esportivos realizados pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre - ACM, em diversas comunidades da Cidade, os quais são voltados às crianças e adolescentes carentes, destacando a participação da entidade no Conselho Municipal da Criança e do Adolescente. O Vereador Reginaldo Pujol, em nome da Bancada do PFL, reportou-se à legislação municipal que instituiu o Dia do Acemista no Município de Porto Alegre, através de Projeto de Lei de autoria de Sua Excelência. Também, parabenizou o projeto "Esporte Clube Cidadão", implantado pelo Instituto Dunga de Desenvolvimento do Cidadão, conjuntamente com a Associação Cristã de Moços de Porto Alegre - ACM. A Vereadora Clênia Maranhão, em nome da Bancada do PPS, teceu considerações a respeito dos objetivos da Associação Cristã de Moços de Porto Alegre - ACM - na luta pelos valores fundamentais do cidadão. Também, aludiu às atividades culturais promovidas pelo instituição, oportunizando o intercâmbio entre jovens estudantes do Brasil e da Nova Zelândia. Em continuidade, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Senhor Leopoldo Moacir Lima, que agradeceu a homenagem hoje prestada por este Legislativo ao transcurso dos cem anos da Associação Cristã de Moços de Porto Alegre - ACM. A seguir, foram realizadas apresentações artísticas por Luiza Dias Flores e pelo Coral do Colégio da Associação Cristã de Moços, regido pelo Professor Iuri Correa. Após, o Senhor Presidente convidou os presentes para, em pé, ouvirem a execução do Hino Rio-Grandense e, nada mais havendo a tratar, agradeceu a presença de todos e declarou encerrados os trabalhos às dezoito horas e cinqüenta e dois minutos, convidando a todos para a Sessão Solene a ser realizada a seguir. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Fernando Záchia e Carlos Alberto Garcia e secretariados pelo Vereador João Bosco Vaz, como Secretário "ad hoc". Do que eu, João Bosco Vaz, Secretário "ad hoc", determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada pela Senhora 1ª Secretária e pelo Senhor Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): Estão abertos os trabalhos da presente Sessão Solene comemorativa aos 100 anos da Associação Cristã de Moços de Porto Alegre - ACM.

Compõem a Mesa o Sr. Presidente da Associação Cristã de Moços de Porto Alegre, Dr. Leopoldo Moacir Lima; o Sr. Renato Guimarães, Presidente da FASC e Vereador desta Casa, neste ato representando o Prefeito Municipal de Porto Alegre; o Sr. Presidente de Honra da Associação Cristã de Moços de Porto Alegre, Sr. Mário Jarros; o Sr. Secretário-Geral da Associação Cristã de Moços de Porto Alegre, Sr. Maurício Vandorsee.

Srs. Vereadores, demais autoridades presentes, senhores representantes das Secretarias Municipais, senhores desportistas e jovens acemistas, sejam bem-vindos.

Convidamos todos os presentes para, em pé, ouvirmos o Hino Nacional.

 

(Executa-se o Hino Nacional.)

 

Nós queremos, no início desta Sessão comemorativa aos 100 anos da ACM, parabenizar o Ver. João Bosco Vaz pela sua iniciativa e a Casa, composta por diversos Vereadores ligados à ACM. Fiz questão de ocupar a Presidência nem que seja durante uma parte desta Sessão, porque às 18h tenho um compromisso fora da Casa, e o Ver. Carlos Alberto Garcia, 1º Vice-Presidente, vai continuar presidindo.

Ver. João Antonio Dib, muito significa a ACM, com os seus 100 anos, não só para Porto Alegre, mas é uma Associação que tem quatorze mil sedes. Eu estava lendo a Justificativa do Ver. João Bosco Vaz, e ali consta que a ACM tem quatorze mil sedes em cento e trinta países. Há 100 anos está em Porto Alegre, com essa relação esportiva e social, principalmente com a juventude de Porto Alegre, ajudando a formar essas novas gerações. Por isso, queremos deixar registrado que me sinto honrado em poder homenagear junto à Cidade de Porto Alegre os 100 anos da ACM.

Como proponente desta Sessão, o Ver. João Bosco Vaz falará em nome do PMDB e do PHS, pelo tempo regimental de dez minutos. O Ver. João Bosco Vaz está com a palavra.

 

O SR. JOÃO BOSCO VAZ: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Todos os anos nós comemoramos nesta Casa o Dia do Acemista, Projeto do Ver. Reginaldo Pujol transformado em lei. Todos nós aqui enaltecemos o trabalho do acemista, do voluntário, do profissional, do funcionário, daqueles que se doam.

Hoje queremos falar e estamos homenageando uma instituição centenária, 100 anos da ACM no Rio Grande do Sul.

Eu pensava, dias atrás, e comentei com o Maurício que, embora inúmeras instituições se dediquem à causa social, esportiva e educacional, a ACM tem um lugar diferenciado no coração de todos os porto-alegrenses, de todos os gaúchos. Parece que existe uma simbiose entre o acemista e a ACM: a ACM não consegue viver sem o acemista e o acemista - parece óbvio, mas é verdade - não consegue viver sem a ACM. Mesmo que o acemista, além de militar na ACM vá dar a sua contribuição numa outra instituição, a ACM está sempre no seu coração, na sua alma e no seu pensamento.

É uma instituição centenária, presente em mais de cento e trinta países e que tem uma colaboração fundamental, estratégica nesse segmento da sociedade menos favorecido, dos nossos carentes.

Eu sempre digo, sempre falo, sempre repito que a ACM não viveria apenas com os seus profissionais, mas também não viveria apenas com os seus voluntários. É preciso essa fusão, é preciso esse entendimento, é preciso essa parceria para que a ACM possa se manter tão jovem e tão atuante nesses 100 anos. Eu tenho acompanhado, ao longo desse ano, todas as festividades e os eventos que a ACM tem realizado para comemorar os 100 anos. Em cada evento desses eu tenho aprendido uma lição. Começamos com o Tiaguinho, o Caporal, com os jogos abertos acemistas, os jogos brasileiros, mais de seiscentos atletas presentes em Porto Alegre. Eu acompanhei aqui na Câmara um encontro de lideranças, um sucesso. Eu tive oportunidade, neste último feriadão, de ir a Gravataí no Encontro das ACMs Nacionais, com a participação de acemistas do mundo todo. Em cada encontro desses, cada palavra amiga, cada ato de cada pessoa que ali comparece, atravessando o mundo para vir discutir, para vir analisar o trabalho que é feito, eu entendo que a ACM continua grande, continua atual, continua jovem; a ACM nesses 100 anos vem com essa mensagem cristão, amiga, solidária, aquela mensagem de saber realizar, saber ajudar aquelas comunidades que precisam, que necessitam, que são carentes. A ACM, de uma maneira ou de outra, busca uma sociedade mais justa com os órgãos públicos, com seus colaboradores, com seus profissionais, com seus voluntários para poder atender. Muitas vezes, talvez na maioria da vezes, substituindo aquilo que o Poder Público deveria fazer e que não faz por falta de vontade política ou não faz porque realmente não tem condições de fazer. A ACM é uma instituição esportiva, há 100 anos, trouxe para cá o basquete, o vôlei, o futebol, as corridas de ruas, o Dia das Mães. A ACM não é apenas isso, é muito mais. A jovem ACM, de 100 anos, neste grande projeto, neste magnífico projeto, que não tem dono, que não tem cor partidária, que não tem religião, tem, sim, a vontade dos colaboradores da ACM de tornar realidade o sonho da Vila Olímpica da Restinga, que tem à frente a ACM e o nosso capitão Dunga, para atender mil crianças na Restinga.

Uma instituição como essa, que tem este nome, que tem história e que tem credibilidade não seria preciso projetar esse grande feito para saber o apoio que tem na sociedade. Apenas um pequeno chamado da ACM e lá estavam voluntários, representantes da sociedade, Prefeitura, Governo do Estado, Ministério do Esporte, todos nós estávamos lá, independente da religião, da cor partidária, da ideologia política.

O trabalho que a ACM faz em prol das comunidades, em prol da sociedade, em prol de Porto Alegre e deste Rio Grande está acima de todas essas desavenças que possam acontecer, de todas essas diferenças que, com certeza, existem, porque nós somos seres humanos e não pensamos igual, não agimos igual. Agimos igual quando temos o mesmo objetivo, a mesma causa. E essa nossa causa é ver a ACM cada vez maior, é ver cada vez mais pessoas se doando à causa do voluntariado.

Eu sempre digo no meu programa na TV Guaíba: “Amigo que está em casa, amiga que nos assiste, por favor, nós, na ACM, não queremos o seu dinheiro, queremos o seu tempo, queremos a sua bondade, queremos a sua fé, queremos a sua credibilidade, queremos que você nos ajude com o seu trabalho.” É disso que nós precisamos, e é isso que eu peço sempre, sempre e sempre, para que as pessoas entendam esse trabalho maravilhoso.

Vejo crianças, adultos, funcionários, amigos – o Áureo Pereti, o Jesus e tantos outros – que têm colaborado com essa história, e vocês todos estão de parabéns, pelo trabalho, pela doação, em muitas e muitas vezes deixando momentos de lazer, deixando suas famílias, deixando seus compromissos profissionais e abraçando esta causa nobre da doação, mas não uma doação à ACM, e sim aos objetivos a que a ACM se propõe, que é o objetivo de ajudar as comunidades carentes, e poder levar não só uma palavra de carinho, mas também saber ouvir. Muitas vezes as pessoas estão deprimidas, estão depressivas, estão necessitando de um apoio e querem apenas um ombro amigo para poderem falar, desabafar e aí entram os seus profissionais, os seus voluntários para recuperar e recolocar essa pessoa no convívio da sociedade.

Quero agradecer a presença de todos e dizer que foi uma alegria muito grande para este Vereador poder propor esta homenagem, que teve o apoio unânime da Casa.

Shalon, e que Deus nos ilumine, para podermos, cada vez mais, trabalhar pelas pessoas que necessitam da nossa ajuda. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para falar em nome do PT e do PC do B.

 

O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Honra-me falar em nome da minha Bancada e da Bancada do PC do B. Queremos deixar o nosso abraço, o nosso carinho à ACM pelos 100 anos. Sabemos o quanto é importante essa instituição, porque não estamos falando apenas numa Associação que completa 100 anos, estamos falando de uma entidade que completou um centenário, portanto, nós estamos falando de uma instituição que deu a esta Cidade, ao País e ao mundo muitos exemplos de como se deve trabalhar em sociedade. Nós sabemos o quanto é importante o terceiro setor, as organizações não-governamentais, porque sem elas não há sociedade civil; sem elas não tem o público, não tem o privado, porque elas são o elo de ligação. Hoje o mundo moderno, onde há evolução, onde se mantém a civilização e onde há civilidade, nós temos, sem dúvida nenhuma, o empenho das instituições. E mais do que nunca instituições aquelas que não trabalham sozinhas com o corpo diretivo. Não, são aquelas que trabalham com o voluntariado. Não falo isso porque estamos no ano internacional do voluntariado; falo isso porque essa é a matriz, essa é a constituição da ACM. Lá nós temos o basquete, onde o Ver. José Fortunati, o Edson Batista Chaves, jogam, e tenho inveja deles.

Não é apenas isso, é a preocupação com a criança. Tenho certeza, Ver. Renato Guimarães, não fosse a ACM, não fossem instituições desse calibre, muito mais preocupações V. Ex.ª teria na Fundação de Assistência Social e Comunitária da Prefeitura. Nós temos de dizer que esse trabalho meritório que está sendo feito tem de continuar, e nós aqui, quando estamos falando para o público de Porto Alegre também pelo Canal da TV Câmara, queremos dizer: junte-se à ACM. Lá você tem um espaço, porque às vezes as pessoas querem fazer um trabalho, mas não sabem onde buscar, com quem falar. É simples, a nossa vizinha ACM, na Washington Luiz, é fácil você encontrar. Lá está a ACM de braços abertos para as mulheres, para homens, para jovens, para moças e moços; é assim que é a ACM. É assim que nós queremos que ela continue.

Nós precisamos fazer com que mais pessoas se engajem, e tenho certeza de que nós, no ano que vem, ao homenagearmos novamente o dia do acemista, vamos estar solicitando mais empenho, mais força para a ACM, porque a Cidade é complexa, o mundo é complexo e precisa dessa força, desse vigor e dessa determinação.

Por isso, quero trazer o meu aplauso, o meu abraço em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra. Fala pela Bancada do PPB.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Ex.mo Sr. Presidente, Ver. Fernando Záchia, Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Por certo, há 157 anos, quando alguns jovens se reuniram em torno de uma mesa, não poderiam avaliar o bem que fariam ao mundo. Eles procuravam um novo estilo de vida em que a espiritualidade estivesse presente. A ACM de Porto Alegre está fazendo 100 anos. São 36.525 dias.

Li, certa vez, que um jovem procurou um sábio, porque ele queria fazer uma boa ação. O sábio disse que ele salvasse o seu País. Ele disse que era muito pequeno; não poderia fazer isso. O sábio lhe disse, então, que salvasse o seu Estado. Ele respondeu que para isso também era muito pequeno. O sábio lhe disse que salvasse, então a Cidade. Mais uma vez, o jovem disse que era muito pequeno. O sábio lhe disse, então, que salvasse um homem que terá salvado o mundo. Salvar um homem, o jovem achou que poderia.

A ACM de Porto Alegre, nos seus 36.525 dias, ajudou a salvar, diariamente, pelo menos uma criatura humana. Fez algo para melhorar o mundo, o mundo em que está faltando solidariedade, solidariedade que nós precisamos diariamente para que haja paz no mundo e que todos vivam bem.

Nós não vivemos bem, porque falta a espiritualidade. Aqueles jovens estavam absolutamente certos, é preciso que o homem seja voltado para o espírito, não para a matéria pura e simplesmente, assim, teremos um mundo melhor.

Nesses 100 anos em que a ACM tem feito, em Porto Alegre, grandes coisas, nós cumprimentamos e desejamos que continuem salvando o mundo todos os dias, porque tenho absoluta convicção que, no mínimo, uma pessoa será salva pela ACM a cada dia. Saúde e paz! Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): O Ver. Carlos Alberto Garcia está com a palavra e falará em nome do PSB.

 

O SR. CARLOS ALBERTO GARCIA: Sr. Presidente, Sr.as Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Ouvi atentamente a fala dos Vereadores que me antecederam, o Ver. João Bosco Vaz, o Ver. Adeli Sell e o Ver. João Antonio Dib, sempre com a sua sabedoria, da qual me orgulho de ser colega e a cada dia aprendo com S. Ex.ª.

A ACM, neste ano, completando 100 anos de existência, tem mostrado que a cada dia que passa é uma instituição jovem, porque a cada dia que passa ela representa com mais empenho. Parece que foi uma instituição recém-criada, recém-fundada e todo mundo está imbuído em fazer uma ação. Isso é o que diferencia a ACM de grande parte das demais instituições.

A ACM é sempre movida por algo diferente, sempre está buscando algo mais. Já falamos aqui, outras vezes, como o Ver. João Bosco Vaz falou. Se não existisse a ACM no mundo, nós não teríamos a maravilha de um desporto como o basquete e o voleibol. A ACM fez questão também de marcar uma situação presencial do Dia das Mães, não no aspecto comercial, mas sim no fator interior, de cada um, já que se diz tantas vezes que todos os dias seriam Dia das Mães, mas consagrar como o segundo domingo de maio, de cada um e de cada uma, dizer: “Mãe, obrigado por ter-me dado a vida.” “Mãe, obrigado pela educação que tu me desses e que me acompanhará para todo sempre.”

A ACM também criou, aqui em Porto Alegre, a ginástica e foi a ginástica calistêmica, que foi durante muito anos, com seus grupos tradicionais, serviu de paradigma para as demais instituições do Rio Grande do Sul. Mas a ACM não é só a questão esportiva, ela tem uma singularidade, ela prepara a juventude para ser líder, e isso é algo especial.

Precisamos, cada vez mais, de pessoas que saibam dizer sim, que tenham vontade própria, mas que também tenham humildade quando erram. E a ACM prepara os jovens para isso. Eu tenho certeza que aquelas crianças, aos milhares, aos longo desses anos, que ao participarem das atividades da ACM, e aquela semente que foi lançada tinha terra fértil. E eu tenho certeza de que essas pessoas levam a ACM por toda a sua vida. Recentemente, quando tivemos aqui uma atividade no dia do acemista, fiz questão de parabenizar três pessoas. Um, foi o meu Elmano; o outro foi o Pingo, o Dr. Pingo e o outro foi o Edgar. Sempre digo que o Edgar é uma daquela pessoas que mais conseguiu seduzir milhares de jovens ao longo dos anos. E hoje eu quero saudar dois jovens acemistas que estão aqui: o Caporal e o Áureo. Tenho certeza de que nesse dia-a-dia, esse trabalho que vocês fazem é essa semente. Portanto, levem cada vez mais isso, porque a juventude se espelha nesse trabalho.

Vou terminar, Sr. Presidente, dizendo que 100 anos para uma instituição, com a vitalidade que os senhores e as senhoras têm, serve de exemplo. E o Ver. João Bosco Vaz falou das inúmeras atividades, e agora eu sei que, no ano que vem, a Vila Restinga Olímpica vai ser algo monumental na nossa Cidade.

Portanto, em nome do nosso Partido, o Partido Socialista Brasileiro, desejamos a cada um e a cada uma, sucesso nesse empreendimento e que, cada vez mais, mostrem o verdadeiro valor que a ACM tem, que a ACM faz, ou seja, formação e liderança em cada ser humano, porque isso é o mais importante. Muito obrigado pela formação que a ACM dá a cada um. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Fernando Záchia): Solicito que o 1º Vice-Presidente desta Casa, Ver. Carlos Alberto Garcia, assuma a presidência dos trabalhos.

 

(O Ver. Carlos Alberto Garcia assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): O Ver. José Fortunati está com a palavra e falará pelas Bancadas do PDT.

 

O SR. JOSÉ FORTUNATI: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Gostaria, em nome da Bancada do Partido Democrático Trabalhista, em nome do seu Líder, Ver. Nereu D’Avila; em nome do Ver. João Bosco Vaz, proponente desta Sessão, de dizer da nossa alegria e da minha alegria, especificamente e especialmente, em poder homenagear a ACM. Sou suspeito, é verdade, porque sou um acemista convicto, participo das atividades da ACM e procuro de todas as formas contribuir, dentro dos meus limites, com essa centenária instituição. Mas é importante lembrar que certamente o ano de 2001 ficará reconhecido e conhecido internacionalmente como o ano da intolerância. A partir do dia 11 de setembro deste ano, quando, infelizmente, alguns aviões atingiram as duas torres do World Trade Center e a partir de todo o processo deflagrado pela guerra do Afeganistão, no futuro, olharão para o ano de 2001 como sendo o ano da intolerância. Mas é exatamente neste ano que temos que olhar o contrapeso, o outro verso, olhando instituições como a ACM, que, ao longo da sua vida, da sua existência tem praticado a tolerância, a fraternidade, tem praticado o amor, tem procurado de todas as formas fazer com que os homens e mulheres de boa-vontade vivam em harmonia, vivam de uma forma tolerante. Poderia aqui discorrer sobre o trabalho da ACM, mas isso já foi feito com muita competência. Poderia muito bem, meu caro Edson Chaves, lembrar do trabalho feito em torno do basquete, junto com o Maurício, o Moacyr Scliar e tantos outros que por lá passam. Mas não, quero lembrar o brilhante trabalho social que a ACM tem prestado. Muitas vezes não ganha tamanha relevância, como ganha a parte esportiva, talvez, ou das duas escolas, que são fantásticas, mas o trabalho social que vem sendo desempenhado pela ACM merece, sim, uma página toda especial na vida do nosso Estado, na vida da nossa Cidade. O trabalho do Morro Santana, da Vila Grande Cruzeiro do Sul, esse novo projeto da Vila Restinga Olímpica, por si só estão a demonstrar a importância do trabalho social e humano que a Associação Cristã de Moços vem realizando com crianças e adolescentes em situação de risco. Isto é construir-se uma sociedade de tolerância, isto é construir-se uma sociedade com valores cristãos, isto é construir-se, acima de tudo, uma sociedade fraterna, que não olhe, pura e simplesmente, as pessoas como números, que não olhe as pessoas de acordo com a sua classe social, com a sua cor, com o seu credo. Olhem como simples e rápidos passageiros por essa terra. Mas olhem para cada cidadão, para cada indivíduo, especialmente aqueles que, infelizmente, foram retirados ou têm dificuldade de fazer parte de uma sociedade ativa, de uma sociedade produtiva excludente e que olhe com carinho e fraternidade.

Por isso, eu quero destacar, sim, esses projetos que são levados no quotidiano da ACM, a participação intensa, meu caro Maurício, da ACM no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, lá contribuindo, de forma concreta, para que a ACM, juntamente com tantas outras entidades, acolham, dêem proteção concreta para que crianças e adolescentes, em situação de risco, tenham o mínimo de dignidade, possam ter o mínimo de cidadania entre nós.

Eu não tenho dúvida, Leopoldo, de que a ACM tem construído, na sua relação com essas entidades, uma relação extremamente produtiva e fraterna.

Saúdo este grande e generoso amigo que, ao longo do tempo, tem-se dedicado e, ao saudá-lo, quero saudar todos os funcionários da ACM. Saúdo também o Sr. Ricardo Caporal que, neste momento, preside o Fórum das Entidades representativas de todos aqueles que lutam para que as nossas crianças e adolescentes tenham uma vida mais digna. Ao saudá-lo e ao saudar todos os funcionários, quero saudar, especialmente, os voluntários da ACM que, ao longo desses 100 anos, em Porto Alegre, têm-se dedicado de forma abnegada, de forma voluntária, com muita garra, com muita fé e com muita paixão à construção, não somente dessa instituição, mas na construção de uma nova sociedade. Por isso, vida longa à Associação Cristã de Moços! Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra e falará em nome da Bancada do PFL.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Em verdade, no dia de hoje, tenho uma satisfação muito especial. Acerca de dois ou três anos, tendo uma figura notável na história da ACM o Dr. Luiz Ferreira, eu tive a oportunidade de ser o signatário do Projeto de Lei que instituiu em Porto Alegre, penso que pioneiramente no Brasil, o Dia do Acemista. Eu já tinha com a ACM algumas vinculações, a proximidade da residência, certamente, era uma delas. Eu lembro da ACM desde 1976, quando o Edson Chaves era o Presidente, esta figura tão querida de todos nós, que nos dá o prazer no dia de hoje, sucedido depois pelo Dr. Luiz, que deve ter ficado uns quatro ou cinco anos, não sei se o Dr. Luiz ou Calegari, que foi outro que ficou muito tempo conduzindo a ACM. A ACM teve grandes Presidentes, o próprio Leopoldo, Presidente do Centenário, é reincidente específico, outras tantas vezes já esteve conduzindo entidades, o Haroldo, o Haroldo não poderia faltar, nosso colega, Dr. João Antonio Dib, meu colega de atividades na sua equipe de trabalho, o Mário Roberto Amorim, a querida Bernadete Franco, Presidente exatamente no ano que nós conseguimos, com muita tranqüilidade, com muita facilidade, porque a unanimidade da Casa foi absoluta e o Projeto transcorreu aqui com uma rapidez absoluta, tamanha é a aceitação da relevância desta nossa entidade Centenária por parte da Câmara Municipal. Há poucos dias, junto com o Caporal, Ver. João Bosco Vaz, nós discutíamos das dificuldades que a ACM iria ter em aprovar esse Projeto que nós fizemos parte - do Esporte Clube Cidadão - na parte do vínculo com a Prefeitura, porque, no dia do lançamento do Projeto, nós não tínhamos quórum aqui na Câmara, mas em compensação nós tínhamos quórum lá na ACM, tamanho era o número de Vereadores que participavam do empreendimento. Há poucos dias, eu e o Ver. Carlos Alberto Garcia, como Vice-Presidente, ficávamos meia hora, cada um presidindo os trabalhos para podermos participar de uma reunião da ACM.

Então, descontraidamente, quero dizer que a ACM e a Câmara Municipal de Porto Alegre estão muito integradas e que é muito oportuna a iniciativa do Ver. João Bosco Vaz de trazer para este Plenário os festejos do Centenário da ACM, porque nós nos consideramos partícipes da ACM. A Bancada da ACM aqui é muito ampla e multicolor, tem várias conotações, grandes ramificações e, sobretudo, grande unidade. A unidade, sobremaneira, no sentido de reconhecer, Ver.ª Clênia Maranhão, a relevância do trabalho que esta entidade faz há 100 anos na Cidade de Porto Alegre.

Eu poderia ter escrito algumas coisas que eu deveria dizer nesta oportunidade, num pronunciamento solene, mas depois me dei conta de que eu iria ser repetitivo, porque já o disse em 1998, em 1999, no ano 2000 e disse, no início do ano aqui, no Dia do Acemista, e teria que repeti-lo.

Os pronunciamentos que me antecederam, Ver. Carlos Alberto Garcia, já deram o perfil da nossa entidade homenageada e isso já está inserido nos Anais da Câmara Municipal para um registro histórico.

Ao completar esse pronunciamento, cabe-me dizer, e o digo de coração, que sou extremamente feliz em saber que, de alguma forma, bem pequenina e com muita sinceridade, nesse trabalho maravilhoso, eu tenho um pouquinho de participação. E Deus há de me dar a alegria de continuar partilhando desses projetos maravilhosos que agora alcançam a minha Restinga. Isso não pode gratificar melhor um coração do que ter uma coisa que ele viu crescer e com a qual ele quer se integrar e com a qual ele já se integrou, lançar as suas atividades no lugar onde ele viu se desenvolver e onde ele acredita ser o palco ideal para o desenvolvimento e a consolidação da ACM dos anos 2000. Brava nossa Tinga. Brava Restinga com o Esporte Clube Cidadão, com esse Projeto que o Ver. João Bosco Vaz, que o Ver. José Fortunati, que a Ver.ª Helena Bonumá, que a Ver.ª Clênia Maranhão, que o Ver. Carlos Alberto Garcia, que o Ver. João Antonio Dib, que o Ver. Nereu D’Avila, que todos nós partilhamos e que, certamente, outros tantos Vereadores, assim que dele se inteirarem, vão dele partilhar, lá, na Restinga, a ACM, que já é gloriosa, Ver. João Antonio Dib, vai ficar mais gloriosa ainda. A Vila Olímpica da Restinga vai ser a marca da ACM dos anos 2000.

Parabéns a todos vocês; perdão, pois cometi o equívoco de não citar duas pessoas, mas, na verdade, todos nós temos algo a ver com essa grande entidade que chegou aos 100 anos e que, disparadamente, vai chegar aos 200 anos, ainda mais que agora vai ter uma base na Restinga. Muito obrigado a todos. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): A Ver.ª Clênia Maranhão está com a palavra em nome do PPS.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda componentes da Mesa e demais presentes.) Nesta Sessão Solene em homenagem à ACM, eu me proponho a refletir o que faz com que uma instituição perdure mais de um século. Uma instituição que percorre o século XX, um século considerado, por todos os historiadores, como um período da história com as mais rápidas mudanças em todas as etapas do processo histórico. A ACM percorreu o século XX sem envelhecer, sem ficar defasada ou esquecida, pelo contrário, amadureceu no tempo e faz-se presente com tanta novas facetas adaptadas aos tempos de agora. Isso tem sido impossível para tantas outras entidades, mesmo entidades grandes e fortes, muitas delas cumpriram papéis históricos importantes e se perderam nos caminhos do tempo. Com a ACM acontece diferente; hoje ela está presente em cento e trinta países, com vinte e cinco mil sedes. Talvez alguém possa imaginar que há algum mistério para isto ou que, quem sabe, a ACM tenha uma tecnologia dominada só por ela. Eu acredito que a causa desta realidade é cristalina e ela acontece pela missão a que a ACM se propõe. É por isso que ela tem sido capaz de cumprir com seu caráter ecumênico, seguindo lutando por valores fundamentais do ser humano e expressos tão bem no seu lema “Para que todos sejam um” e todos, juntos, lutem por coisas tão concretas para o conjunto da comunidade, mas, fundamentalmente, para aqueles que mais precisam. Eu queria aproveitar este momento para dizer às senhoras e aos senhores que esta homenagem acontece para mim de uma forma muito específica, que tem um sentido afetivo, pessoal, muito especial.

Ontem, foi capa de vários jornais, ocupou manchete na imprensa, a vinda da 1ª Ministra da Nova Zelândia ao Brasil. Muitos viram o beijo de nariz dado pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso. E a Ministra colocava que uma questão fundamental na relação do Brasil com a Nova Zelândia era a presença dos jovens estudantes brasileiros e dos jovens que praticavam esportes radicais. Eu fiquei procurando, naquela notícia, se o jornalista iria completar que a ida dos jovens brasileiros para a Nova Zelândia abriu caminhos para intercâmbios econômicos, políticos e culturais entre os países; passava pela ACM; mas eu não vi a notícia.

Mas por que é que, para mim, esta Sessão tem um caráter tão significativo do ponto de vista pessoal? Porque o Leonardo, meu filho, que é um estudante e esportista, está hoje na Nova Zelândia, graças à ACM. Muito obrigada. (Palmas.)

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): O Sr. Leopoldo Moacir Lima está com a palavra, para falar em nome da ACM.

 

O SR. LEOPOLDO MOACIR LIMA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Como é bom estar presente na Casa do Povo, recebendo uma homenagem como a que a Associação Cristã de Moços de Porto Alegre hoje recebe. Agradecemos efusivamente ao Ver. João Bosco Vaz, proponente desta Sessão Solene, nosso amigo acemista, colaborador, participante, nosso mestre-de-cerimônias em eventos promovidos pela Associação Cristão de Moços. Como é bom termos este reconhecimento das Lideranças deste Legislativo, no que se refere à participação da Associação Cristão de Moços nos eventos da comunidade, na vida participativa da sociedade, e sermos lembrados não por nossa participação mais recente, mas pela participação e dedicação com que a ACM vem enfrentando nestes cem anos os problemas da nossa comunidade. É importante e é gratificante vermos aqui não só o trabalho da instituição, como um todo, mas também o reconhecimento - através de diversos oradores que nos antecederam - pessoal de alguns dos nossos secretários vocacionados. Sabemos, internamente, que todos têm mérito, em todas as áreas em que atuam, mas estamos vendo nesta Sessão Solene de homenagem à ACM o reconhecimento de diversos Vereadores ao trabalho desenvolvido pelos nossos secretários vocacionados. Toda e qualquer atividade que nós desenvolvemos se sente recompensada no reconhecimento que esses profissionais têm ao longo das atividades e nos trabalhos desenvolvidos em prol de comunidades mais carentes, já citadas aqui anteriormente. Uma instituição como a ACM, que cruza 100 anos na comunidade, funciona como uma família, pois nós temos a participação dos voluntários como um todo, dos seus sócios básicos que elegem e escolhem uma diretoria para conduzir os destinos da Associação, um trabalho conjunto e muito próximo com os nossos secretários profissionais, secretários vocacionados, preparados dentro de uma filosofia que nos encaminhe para um trabalho voltado à comunidade, um trabalho de atendimento às necessidades no campo da educação, no campo dos esportes, no campo da assistência social e, basicamente e principalmente, naquilo em que a ACM é forte, no campo da liderança juvenil. A parte da liderança jovem, enfatizada nas ações e nos cursos que a instituição promove, é que nos dá a consciência de que estamos no caminho certo e de que, durante 100 anos, forjamos e lapidamos líderes comunitários, pessoas de destaque nos diversos campos de atuação.

A Associação Cristã de Moços trabalha aproveitando as capacidades de todos os seus voluntários para buscar o seu engrandecimento; e todos nós, de uma maneira voluntária, acabamos concedendo do nosso conhecimento, do nosso tempo, um pouco para o crescimento da instituição. Nesses 100 anos, a ACM foi dirigida por trinta e cinco presidentes, que tinham com eles, obviamente, toda uma equipe de trabalho que buscava trazer e promover o crescimento da instituição. Enquanto nós tivemos trinta e cinco presidentes, alguns se revezando, como o Ver. Reginaldo Pujol mencionou, alguns reincidentes no cargo de presidente, durante esses 100 anos, nós tivemos sete secretários-gerais profissionais, que comandaram junto com os seus voluntários os destinos dessa casa.

Então, temos de aqui, sim, buscar resgatar e agradecer, na pessoa de todos os ex-Presidentes que aqui se encontram, dos voluntários, dos diretores, dos seus sócios básicos, da comunidade em geral, o apoio que tem sido dispensado às atividades da ACM, e queremos agradecer, sobremaneira, ao Ver. João Bosco Vaz e à Câmara de Vereadores de Porto Alegre pela oportunidade de homenagear a nossa Associação Cristã de Moços, que vem sendo, desde o início do ano, alvo de inúmeras homenagens, mas tudo isso nos toca profundamente porque nós vemos reconhecido o trabalho da comunidade dentro da Casa do Povo. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Assistiremos, agora, a uma apresentação do Coral do Colégio ACM, regido pelo Professor Iuri Correa.

 

A SRA. LUIZA DIAS FLORES: (Lê.) “Semana de Oração e Confraternização Mundial de ACMs E ACFs – 2001.” “No dia 11 de novembro, em todas as ACMs do mundo, teve início a “Semana de Oração e Confraternização Mundial das ACMs.” O tema escolhido para este ano foi “Igual aos Olhos de Deus”. Deus criou a humanidade e a Seus olhos somos todos iguais. O Deus que adoramos como cristãos é o Deus da Justiça e, segundo Seus ensinamentos, temos a grandeza de superar as barreiras do egoísmo, do preconceito, da falta de respeito, da discriminação e do racismo. Todas essas barreiras criadas e impostas por nós, seres humanos. A injustiça arraigada na discriminação e o egoísmo são afrontas à dignidade humana. Isso desafia a Doutrina Fundamental da Vida Cristã, desviando-nos do bom caminho. Pessoas foram criadas à imagem e semelhança de Deus. Essa imagem não permite que alguns se coloquem como superiores a seus irmãos. Nessa semana, todos nós, acemistas do mundo inteiro, nos congregamos e nos unimos em oração, em trabalho, em esperança e em bons exemplos, a fim de que o amor, o respeito e a solidariedade tornem-se mais importantes do que todas as diferenças. ‘João, capítulo 4, versículo 4 – 21: “Pois aquele que não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.”

 

(O texto que se segue foi psicografado por Chico Xavier.)

 

(Lê.) “Caro Irmão, façamos nossa parte...

Não se esqueça de que Deus é o tema central de nossos destinos. Deseje o bem dos outros, tanto quanto deseja o próprio bem. Respeite a opinião dos vizinhos. Evite contendas desagradáveis. Empreste sem aguardar restituição. Dê seu concurso às boas obras, com alegria. Não se preocupe com os caluniadores. Agradeça ao inimigo pelo valor que ele lhe atribui. Ajude as crianças. Não desampare os velhos e doentes. Pense em você, por último, em qualquer jogo de benefícios. Desculpe sinceramente. Não critique ninguém. Repare os próprios defeitos, antes de corrigir os alheios. Use a fé e a prudência. Aprenda a semear, preparando boa ceifa. Não peça uvas ao espinheiro. Liberte-se do peso de excessivas convenções. Cultive a simplicidade. Fale o menos possível relativamente a você e a seus problemas. Estimule as qualidades nobres dos companheiros. Trabalhe para o bem de todos. Valorize o tempo. Metodize o trabalho, sabendo que cada dia tem as suas obrigações. Não se aflija. Sirva a toda gente sem prender-se. Seja alegre, justo e agradecido. Jamais imponha seus pontos de vista. lembre-se de que o mundo não foi feito apenas para você. As ciências sociais de hoje apresentam semelhantes princípios como novidades. No entanto, são antigos. Chegaram à Terra, com o Cristo, há mais de vinte séculos. Nós outros, porém, homens atrasados no entendimento, somos ainda tardios na aplicação.”

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Alberto Garcia): Queremos parabenizar o Coral do Colégio ACM e também o Prof. Iuri Correa pelo seu trabalho.

Prezado Presidente Leopoldo, esta Casa sente-se agradecida pela ACM ter a sua sede aqui em Porto Alegre e fazer esse magnífico trabalho.

Queremos mais uma vez parabenizar o Ver. João Bosco Vaz por ter proposto esta Sessão, que foi acolhida por unanimidade nesta Casa. Hoje foi uma Sessão especial, uma Sessão que termina com uma música do John Lennon e uma oração de São Francisco. São Francisco, que foi escolhido o homem do milênio.

Temos a certeza de que com as bênçãos de São Francisco e com essa melodia que nos permite sonhar vem a esperança de poder acreditar que vamos vier num mundo melhor.

Convidamos a todos os presentes, para em pé, ouvirmos a execução do Hino Rio-Grandense.

 

(Executa-se o Hino Rio-Grandense.)

 

Queremos agradecer a presença dos senhores e das senhoras. Damos por encerrada a presente Sessão Solene.

 

(Encerra-se a Sessão às 18h52min.)

 

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